Beijing diz ‘bye-bye, Boeing’. Uma brecha para a Embraer?
China impõe tarifas exorbitantes à Boeing e suspende novos pedidos, intensificando a guerra comercial com os EUA. A medida pode beneficiar concorrentes como Airbus e Embraer, enquanto levanta incertezas sobre o futuro da fabricante americana no país.
Guerra Comercial EUA-China: a China impõe tarifas de 125% à Boeing, afetando compra de aeronaves.
Companhias aéreas chinesas foram ordenadas a não encomendar novas aeronaves e suspender pedidos pendentes da fabricante americana. Essa decisão impactou a ação da Boeing, que caiu 2,4%.
A Airbus, como beneficiária, viu sua ação subir 1,21%, enquanto a Embraer teve um aumento de 3%, embora recuando 16,5% nos últimos 30 dias.
Analistas sugerem que a Embraer poderia ganhar espaço no mercado, mas destacam a preferência da China pela fabricante local Comac.
A Boeing estima que o mercado chinês será responsável por 20% das encomendas globais de aeronaves nas próximas duas décadas. Contudo, a relação entre a empresa americana e o governo chinês é tensa, limitando pedidos.
Desde 2018, a Boeing entregou apenas 18 aeronaves a companhias chinesas. Há 10 aeronaves prontas para entrega, mas a conclusão das transações é incerta.
A manutenção das aeronaves Boeing na China é uma preocupação, já que as companhias acumularam estoques de peças de reposição nos últimos anos. O governo chinês avalia como apoiar as companhias aéreas afetadas.
Há também a possibilidade do veto ser uma moeda de troca em futuras negociações entre os presidentes Xi e Trump.