Berkshire de Buffett resiste à sessão de venda de ações impulsionada por tarifas
A Berkshire Hathaway se destaca em um dia turbulento no mercado, apresentando uma queda moderada em comparação com índices globais. Enquanto algumas de suas grandes participações enfrentam perdas, a empresa mantém sua posição como um porto seguro em meio à tempestade tarifária.
Ações da Berkshire Hathaway caem levemente em uma sessão turbulenta na quinta-feira (3), enquanto os índices globais despencam.
As ações Classe B da Berkshire caíram 1,4%, enquanto o S&P 500 despencou 5%, resultando em uma perda de US$ 2 trilhões em valor de mercado.
Christopher Davis, da Hudson Value Partners, destacou: “O desempenho da Berkshire tem sido uma rocha na tempestade tarifária.”
A estabilidade da Berkshire é atribuída ao setor de seguros, menos impactado pelas tarifas. O Índice de Seguros KBW caiu 2,7%.
A Progressive Corp., concorrente da Geico, teve um desempenho positivo, subindo 2%.
Cathy Seifert, da CFRA, comentou que as seguradoras têm poder de precificação, repassando custos inflacionários aos consumidores.
No entanto, as grandes participações da Berkshire, como Bank of America, Chevron e American Express, também mostraram quedas.
Buffett, que reduziu sua participação na Apple no ano passado, pode ter agido com sabedoria, dado que a empresa perdeu mais de US$ 300 bilhões em valor de mercado.
Especulações surgem sobre grandes compras por Buffett, que acumula uma reserva de caixa recorde de US$ 334,2 bilhões até o final de 2024.
Davis observa: “Há sempre uma expectativa em uma venda de ações por uma grande compra.”