Berkshire Hathaway: ação cai 10% desde maio com “prêmio Buffett” se esvaindo
As ações da Berkshire Hathaway enfrentam uma queda significativa desde a aposentadoria de Warren Buffett, refletindo preocupações sobre a liderança de Greg Abel. Analistas ajustam suas previsões financeiras, com destaque para a importância da Geico na recuperação da participação de mercado.
Ações da Berkshire Hathaway caem 10% desde a aposentadoria de Warren Buffett em 3 de maio de 2025. Os papéis classe A passaram de US$ 809.350 para US$ 728.200 até 18 de maio.
Buffett anunciou seu sucessor, Greg Abel, que assumirá a liderança em 2026. O analista do UBS, Brian Meredith, reduziu sua estimativa de lucro para 2025 em 6%, prevendo menor rendimento de investimentos e quedas nos rendimentos do caixa.
A Berkshire não fez recompras de ações desde maio de 2024, e está com as ações negociadas acima do valor intrínseco. Meredith manteve a recomendação de compra, reduzindo o preço-alvo de US$ 606 para US$ 591 por ação Classe B.
A empresa possui US$ 347 bilhões em caixa e investimentos, com a Geico projetando ganhar participação de mercado após perdas recentes. Antes da queda, as ações estavam a 1,8 vez seu valor contábil, agora a 1,6 vez.
No primeiro trimestre de 2025, o lucro operacional caiu 14%, para US$ 9,64 bilhões. A diferença de desempenho das ações em relação ao S&P 500 caiu de 20 para 8 pontos percentuais.
Os investidores reagem à saída de Buffett, aguardando como Abel lidará com o cargo. A Berkshire ainda tem uma capitalização de mercado acima de US$ 1 trilhão e analistas observam a adaptação sob nova liderança.