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Bets: metade do dinheiro movimentado está no mercado ilegal

O presidente da ABFS alerta sobre o crescimento do mercado ilegal de apostas esportivas no Brasil, que representa 50% das movimentações financeiras. Ele defende uma regulação mais eficaz e fiscalizações rigorosas para proteger o setor legal e combater abusos.

Presidente da ABFS, Rafael Marcondes, aponta que 50% das apostas no Brasil são ilegais. Ele defende maior fiscalização do Ministério da Fazenda e do Coaf.

Em entrevista ao Poder360, Marcondes afirmou que o mercado ilegal não presta contas e é irresponsável. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, sugere rever o setor, citando a lavagem de dinheiro pelo PCC e CV.

Marcondes, advogado especializado em direito tributário, acredita que restringir o mercado é prematuro, pedindo maturação das regulamentações. “Os abusos ilegais afetam a imagem do setor”, destacou.

O governo Lula propôs aumentar a carga tributária sobre as casas de apostas, que têm lucro de R$ 40 bilhões, mas pagam menos de R$ 10 bilhões em tributos. A ABFS considera esse aumento “injustificável”, prevendo arrecadação tributária de R$ 4 bilhões em 2025.

Haddad afirmou que o aumento de 12% para 18% na alíquota do GGR poderia trazer R$ 1,98 bilhão para o governo em 2025 e 2026. Marcondes expressou preocupação, ressaltando a carga tributária combinada de 42% que as apostas já enfrentam.

O governo também definiu que propagandas de apostas irregulares serão infrações, e provedores de internet precisarão ter canais diretos com a regulação.

A arrecadação total com apostas de janeiro a maio de 2025 foi de R$ 3,03 bilhões, com R$ 814 milhões só em maio, segundo a Receita Federal.

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