BHP e Vale são acusadas de ‘trapacear’ escritório de advocacia do Reino Unido
BHP e Vale enfrentam processo por suposta manipulação de acordos de indenização relacionados ao desastre de Mariana. Escritório de advocacia busca 1,3 bilhão de libras em honorários não pagos, enquanto empresas contestam as alegações.
BHP e Vale enfrentam ação judicial em Londres relacionada ao desastre da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 2015.
A Pogust Goodhead, escritório de advocacia que representa 600.000 brasileiros, afirma que as empresas tentaram “trapacear” nos acordos e busca 1,3 bilhão de libras (US$ 1,7 bilhão) em honorários não pagos.
A BHP rejeita as alegações e planeja contestar. A Vale optou por não comentar.
- A barragem liberou lama, resultando em 19 mortes e milhares de desabrigados.
- Cerca de 130.000 pessoas já fizeram acordos.
- A Pogust Goodhead argumenta que os acordos foram feitos por valores baixos, devido à pressão das empresas.
- Um acordo de R$ 170 bilhões (US$ 30,3 bilhões) assinado pelo Brasil impede discussões sobre os honorários.
O porta-voz da BHP disse que as alegações são “sem mérito” e que o Brasil é o local mais adequado para indenizações.
A BHP ainda aguarda a decisão sobre o litígio principal, que pode resultar em indenizações de até 36 bilhões de libras.
O caso está em andamento e inclui um problema recente de desacato ao tribunal relacionado ao financiamento de litígios no Brasil.