Biocombustíveis disparam com conflito entre Israel e Irã acirrando procura por alternativas ao petróleo
A alta nos preços do óleo de palma e do óleo de soja reflete a instabilidade no Oriente Médio e as novas diretrizes da EPA dos EUA. O aumento na demanda por biocombustíveis está alimentando um cenário de volatilidade nos mercados de óleos vegetais.
Preços de óleos vegetais sobem: Após o conflito entre Israel e Irã, os preços do óleo de palma e do óleo de soja dispararam devido ao aumento dos custos de energia.
Desde quinta-feira passada (12), o óleo de soja subiu 11%, atingindo mais de 55 centavos por libra, o maior preço desde outubro de 2023. O óleo de palma ganhou 6%, chegando a quase 4.100 ringgits por tonelada.
A demanda por esses óleos tem aumentado devido à busca por fontes de energia mais baratas, especialmente após um salto de 8% no preço do petróleo Brent após os ataques aéreos de Israel.
Um fator importante é a proposta da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) de aumentar em 8% a mistura de biocombustíveis no diesel e gasolina, totalizando um recorde de 24,02 bilhões de galões no próximo ano. Isso inclui um aumento de 67% na meta para diesel à base de biomassa.
Essa mudança é vista como um apoio aos produtores norte-americanos, com a EPA reduzindo pela metade os créditos de conformidade para matérias-primas estrangeiras.
Os analistas notam que o anúncio foi positivo para o óleo de soja dos EUA, citando também a queda nos estoques, que atingiram 1,37 bilhão de libras, 20% abaixo do ano anterior.
A crescente demanda doméstica e os altos preços do petróleo devem continuar sustentando os preços dos óleos vegetais. A volatilidade nos mercados de óleos vegetais é esperada, dependendo da duração da crise no Oriente Médio.