Bitcoin cai 11,7% no 1º trimestre e analistas esperam mudança no cenário macro para haver recuperação

Bitcoin (BTC) caminha para encerrar o primeiro trimestre de 2025 com uma queda de 11,7%, decepcionando investidores que aguardavam valorização.

As preocupações incluem a guerra comercial dos EUA e rumores sobre a maior economia do mundo adotando o BTC como reserva. Este trimestre foi marcado por volatilidade.

Segundo Vinicius Bazan, CEO da Underblock, a queda do trimestre está atrelada a um declínio de 17% em fevereiro, provocado pela instabilidade associada a Donald Trump. A expectativa é que, após 2 de abril, as tarifas se tornem menos impactantes.

Caio Villa, CIO da Uniera, observa que a guerra tarifária e a inflação elevada complicam cortes de juros, impactando o mercado, incluindo as criptomoedas.

O pico do bitcoin em US$ 109 mil no dia da posse de Trump foi considerado especulativo, conforme análise de Beto Fernandes, da Foxbit. O esperado anúncio do governo sobre a compra de ativos digitais não se concretizou.

O líder da Casa Branca em ativos digitais, David Sacks, confirmou que as reservas não utilizarão recursos de contribuintes, o que frustrou expectativas do mercado.

Fernandes ressalta que a criação de um ambiente regulatório para BTC ainda não avançou como esperado, resultando em um fortalecimento do ceticismo dos investidores.

Contudo, Bazan acredita na possibilidade de recuperação do bitcoin, com potenciais projeções entre US$ 100 mil e US$ 200 mil nos próximos trimestres.

Além disso, o estado das altcoins permanece negativo, especialmente o ether (ETH), que caiu 45% neste período. Bazan e Villa concordam que a análise cuidadosa de tokens será fundamental antes de novos investimentos.

A liquidez global e as ações do Federal Reserve são fatores que também afetarão o desempenho do BTC e de outras criptomoedas no futuro.