Bitcoin cai de US$ 107 mil para US$ 102 mil com aversão a risco global após corte de rating dos EUA
O rebaixamento da nota soberana dos EUA pela Moody’s provoca instabilidade nos mercados, impactando negativamente o preço do bitcoin. Analistas projetam a possibilidade de novas quedas, mas também sinalizam oportunidades de recuperação dependendo do volume comprador.
Bitcoin (BTC) opera em queda nesta segunda-feira (19), acompanhando os mercados internacionais após o rebaixamento da nota soberana dos EUA pela Moody’s.
No dia 16, a nota foi cortada de Aaa para Aa1, provocando instabilidade na reabertura das bolsas. Antes disso, o bitcoin alcançou os US$ 107 mil, antes de recuar para US$ 102 mil.
Perto das 10h29 (BRT), o bitcoin caiu 1,4% e está cotado a US$ 102.492. O ether, por sua vez, apresenta queda de 4,3%, a US$ 2.401. O valor total do mercado de criptomoedas é de US$ 3,35 trilhões.
Em reais, o bitcoin desvalorizou 1,7%, a R$ 583.881.
André Franco, CEO da Boost Research, aponta que o rebaixamento ampliou preocupações sobre a sustentabilidade fiscal dos EUA.
Ana de Mattos, analista técnica da Ripio, observa que o volume vendedor pressiona o bitcoin e sugere que a moeda pode cair até US$ 100.800. Se este suporte for rompido, o ativo pode buscar US$ 94.700. No entanto, se a força compradora retornar, pode atingir resistências em US$ 108.200 e US$ 112.800.
Na sexta-feira, os ETFs de bitcoin à vista registraram um saldo líquido positivo de US$ 260,2 milhões, com destaque para:
- IBIT (BlackRock): US$ 129,7 milhões
- FBTC (Fidelity): US$ 67,9 milhões
- ARKB (Ark Invest): US$ 58 milhões
ETFs de ether também tiveram fluxo positivo de US$ 22,2 milhões.
Entre as altcoins, o XRP caiu 3,5% a US$ 2,31, Solana teve perdas de 6,1% a US$ 161,03, e o BNB recuou 1,3% a US$ 637,82.
Bernardo Bonjean, da Metrix, destacou o setor de tokenização de ativos, com o fundo BUIDL da BlackRock alcançando US$ 3 bilhões e 600% de crescimento nos últimos 60 dias.