Bitcoin faz nova máxima: por que a criptomoeda está batendo recordes?

Bitcoin (BTC) atinge nova máxima histórica nesta quinta-feira (10), superando os US$ 113 mil, consolidando um novo recorde, mesmo com alta do DXY, índice do dólar que tem correlação negativa com a criptomoeda.

A nova marca ocorreu menos de 24 horas depois da criptomoeda ultrapassar brevemente os US$ 112 mil, antes de recuar para a faixa dos US$ 111 mil. Analistas afirmam que esse recuo pontual não altera a trajetória de alta, sustentada por fatores estruturais e pela entrada de capital institucional.

Fatores sustentadores da alta do Bitcoin em 2025:

• Empresas listadas em bolsa compraram mais de 159 mil BTC no segundo trimestre de 2025.
• Total em tesouraria alcançou 847 mil unidades, equivalente a cerca de US$ 91 bilhões.
• MicroStrategy, MARA Holdings, e GameStop estão entre as principais detentoras.
• Méliuz (CASH3) lidera a tendência no Brasil.

A aprovação do GENIUS Act pelo Senado dos EUA estabeleceu uma estrutura regulatória para stablecoins, considerada um divisor de águas. A Circle fez um IPO de sucesso, arrecadando US$ 1,1 bilhão.

A integração das finanças tradicionais com o mundo cripto se mostra através de aquisições como a da Robinhood adquirindo a exchange Bitstamp.

Mais de 95% das unidades de Bitcoin já foram emitidas e a inflação anual é inferior à do ouro. Dados da 21Shares mostram que metade dos BTC não são movimentados há mais de três anos, indicando um choque de oferta que tende a impulsionar preços.

Apesar do desempenho forte do S&P 500 e Nasdaq-100, o Bitcoin sinaliza um amadurecimento institucional. Gerry O’Shea, da Hashdex, destaca que o rali é impulsionado por entradas em ETFs e adoção corporativa. Ele prevê que o preço do Bitcoin pode atingir US$ 140 mil ainda este ano.

A analista Ana de Mattos confirma o momento positivo, indicando força compradora no Bitcoin e sugerindo continuidade do movimento de alta.