Bitcoin ignora nova decisão de Trump e acumula ganhos semanais, após renovar máxima histórica

Bitcoin (BTC) opera em queda nesta sexta-feira (23), após alcançar US$ 112 mil e fazer uma nova máxima histórica. Apesar da queda, acumula alta de 5% em sete dias. A realização de lucros foi provocada por declaração de Donald Trump sobre tarifas de 50% sobre produtos importados da União Europeia.

Perto das 14h (BRT), o Bitcoin cai 2% em 24 horas, cotado a US$ 109.222, enquanto o Ether desce 3,19% para US$ 2.561. Apesar disso, o Bitcoin superou US$ 112 mil, impulsionado por entradas significativas em ETFs de Bitcoin, com saldo líquido de US$ 934,8 milhões ontem.

O principal fundo, IBIT, da BlackRock, teve US$ 877,2 milhões em excessos de compras. Desde a aprovação dos ETFs em 2024, ativos sob gestão ultrapassaram US$ 114 bilhões. Projeções indicam que ETFs de criptoativos podem representar até 5% das carteiras de fundos até 2025.

Analistas, como Sarah Uska e Rony Szuster, destacam o "momento simbólico" e a robustez do movimento de alta do Bitcoin, que agora reflete um mercado mais maduro e institucionalizado. Felipe Amoedo menciona a adoção crescente por instituições e regulamentações claras no mercado de criptoativos.

As movimentações estaduais, como a lei HB-302 em New Hampshire, que permite investir até 5% em ativos digitais, e o SB-21 no Texas, que cria um fundo estratégico de reserva de Bitcoin, também são significativas.

Na próxima semana, as atenções estarão voltadas para a aprovação do projeto GENIUS Act e as consequências das tarifas de Trump. Também haverá discussões sobre a segurança no ecossistema DeFi após ataque recente à Cetus, resultando em perda de US$ 220 milhões.

Mychel Mendes, da Tokeniza, acredita que o Bitcoin buscará um novo recorde acima de US$ 120 mil, impulsionado por pressão compradora e movimento otimista no mercado.