Bitcoin sobe após dado de inflação dos EUA e tenta se recuperar de fortes quedas
Alta do bitcoin é impulsionada por dados de inflação mais baixos nos EUA, que podem favorecer cortes de juros. Apesar do otimismo, riscos como a guerra comercial permanecem no horizonte, afetando a economia global.
Bitcoin (BTC) opera em alta nesta quarta-feira (12), após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA referente a fevereiro, que cresceu 0,2%, abaixo da expectativa de 0,3%.
Essa melhoria na inflação pode facilitar a redução de juros pelo Federal Reserve (Fed) este ano, aumentando a liquidez global e o apetite por ativos de risco, como criptomoedas.
O CPI anual ficou em 2,8%, menos que os 2,9% esperados, e foi bem-vindo frente ao cenário de aversão a risco nos mercados. Contudo, os riscos permanecem, com a guerra comercial gerando incertezas econômicas.
Perto das 10h35 (horário de Brasília), o bitcoin sobe 3,4% em 24 horas, cotado a US$ 83.983. O ether também tem alta de 1,5%, alcançando US$ 1.925.
O valor total do mercado de criptomoedas está em US$ 2,82 trilhões. Em reais, o bitcoin ganhou 2,9%, valendo R$ 488.796.
Entre as altcoins, o XRP avança 6,5% a US$ 2,24, a solana tem alta de 5,1% a US$ 129,33, e o BNB valoriza 3,3% a US$ 562,52.
Rafael Bonventi, analista da Bitget, destaca que o bitcoin está em uma zona de resistência crítica, tentando confirmar uma mínima em US$ 77 mil. Resistências principais estão em US$ 83.718 e US$ 84.000. Um rompimento acima de US$ 85.470 indicaria força compradora.
Nos fundos negociados em bolsa (ETFs) de bitcoin à vista, registrou-se um saldo líquido negativo de US$ 371 milhões, com quatro pregões consecutivos de saídas de capital. O ETF IBIT da BlackRock teve US$ 151,3 milhões em vendas excedendo compras.
Os ETFs de ether também tiveram saídas, totalizando US$ 21,6 milhões, no quinto pregão consecutivo de saques.