BlackRock visa fundos de pensão em sua estratégia de crescimento no Brasil

BlackRock, a maior gestora de recursos do mundo, busca ampliar sua presença no Brasil, um mercado de R$ 2,9 trilhões em fundos de pensão.

Bruno Barino, novo country manager da BlackRock, informou que atualmente a empresa não tem mandato local para gestão de patrimônio de fundos de pensão, mas vê isso como uma evolução natural.

Com US$ 11,6 trilhões em ativos sob gestão, a BlackRock tem uma participação significativa em 43 países, mas é uma exceção no Brasil. A gestora desde 2009 foca em ETFs e fundos mútuos de índice.

A BlackRock possui 38% do mercado de ETFs no Brasil, totalizando R$ 46 bilhões. A empresa está lançando mais produtos seguindo estratégias já aplicadas no exterior.

Barino informou que a BlackRock gerencia cerca de US$ 17 bilhões de brasileiros investindo no exterior, num mercado estimado em US$ 300 bilhões.

O executivo destacou a necessidade de diversificação e mencionou que a BlackRock não pode depender apenas de fundos offshore e ETFs para crescimento. Há discussões para contratar gestores locais e fornecer serviços com a atual equipe utilizando a plataforma Aladdin.

Com uma pequena participação no mercado local de US$ 1,7 trilhão, a BlackRock pode expandir seus serviços sem precisar do crescimento do mercado. Os serviços podem ajudar a reduzir custos dos fundos de pensão.

Há também um interesse crescente nos serviços de assessoria de investimentos offshore, principalmente em 2024. A perda de 21% do real em relação ao dólar no último ano aumentou a demanda pelos serviços da BlackRock.

Outra expansão potencial é um produto que ajuda agentes autônomos a gerir seus negócios com custos menores, especialmente com novas regras sobre taxas de investimentos.

Barino, com cerca de 28 funcionários no Brasil, também está considerando aquisições para acelerar o crescimento e trazer foco ao mercado brasileiro.

Para mais detalhes, acesse bloomberg.com.