Boeing espera sair da crise com maior encomenda de sua história: 210 aviões para a Qatar airways
Boeing estabelece recorde histórico ao fechar acordo de US$ 96 bilhões com Qatar Airways. O pedido inclui 130 aeronaves 787 Dreamliner e 30 do modelo 777X, com a presença do presidente Trump e do Emir do Catar.
Boeing fecha maior pedido de sua história um ano após reestruturação executiva, com forte apoio do presidente Donald Trump.
O CEO Kelly Ortberg assinou um acordo com a Qatar Airways para até 210 aeronaves, incluindo modelos 787 Dreamliner e 777X, durante cerimônia com Trump e o Emir do Catar. O contrato é avaliado em US$ 96 bilhões, embora descontos sejam comuns.
O acordo é parte da missão de Trump pelo Golfo Pérsico para fechar acordos comerciais. A Boeing fortalece sua posição em uma região que compra muitos de seus jatos caros.
O pedido envolve 130 aeronaves 787 Dreamliner e 30 do modelo 777X, com opção de mais 50. A GE Aerospace participa do acordo com mais de 400 motores.
Na viagem, Ortberg e Trump também firmaram um compromisso menor com a Arábia Saudita, no valor de US$ 4,8 bilhões. Trump ressaltou que o acordo ajudará a garantir empregos nos EUA.
A relação de Trump com a Boeing tem altos e baixos, já que ele criticou a empresa antes por atrasos na entrega de jatos presidenciais Air Force One.
Ortberg voltou da aposentadoria para reverter a crise da Boeing, que enfrentou desafios após um acidente em 2024 e houve reestruturação na gestão.
As ações da Boeing subiram 3,1%, atingindo o maior valor em 15 meses após o acordo. O Catar, fiel à Boeing, também considera a compra de aeronaves Airbus A350.
A Qatar Airways opera uma frota mista com mais de 200 jatos de ambos fabricantes, utilizando mais de 50 modelos antigos do 777, que estão sendo substituídos.