Boeing negocia venda de até 500 aviões para a China
Boeing pode fechar contrato de até 500 aeronaves com a China, o que marcaria o fim de um hiato de vendas de seis anos. As negociações seguem em meio a tensões comerciais e mudanças na liderança da empresa na China.
Boeing está próxima de fechar um acordo com a China para vender até 500 aeronaves, encerrando um período de baixa nas vendas que começou em 2017.
As partes ainda discutem os termos da venda, incluindo tipos de jatos, volume e cronograma de entrega. A transação depende da redução das hostilidades comerciais entre EUA e China.
Autoridades chinesas consultam companhias aéreas sobre suas necessidades de compra. O acordo é semelhante ao que a Airbus havia fechado com a China.
As ações da Boeing subiram até 3,7% após a notícia das negociações. A empresa já teve um aumento de 27% em suas ações este ano sob o CEO Kelly Ortberg.
O pedido poderá ser um ponto central em um novo acordo comercial entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping. As negociações de 2023 não resultaram em vendas concretas.
O cenário é complicado pela saída de Alvin Liu, executivo da Boeing na China, e sua substituição por Carol Shen na presidência interina.
Desde o retorno de Trump à Casa Branca, pedidos de aeronaves têm sido uma parte importante da diplomacia dos EUA. EUA e China ainda não chegaram a um acordo final, embora Xi tenha convidado Trump para uma reunião.
Um acordo para a China garantiria slots de entrega para aeronaves, uma vez que ambos os fabricantes estão com a capacidade quase esgotada até 2030. A demanda no país deverá crescer significativamente nos próximos 20 anos.
A última venda relevante da Boeing para a China foi em 2017, com 300 aviões avaliados em US$ 37 bilhões.
Desde 2019, a Boeing vendeu apenas 30 aeronaves para companhias aéreas chinesas. Em janeiro, Ortberg expressou esperança de novos pedidos vindos da China.