Boeing vende por US$ 10,6 bi unidade de navegação de voo para a Thoma Bravo
Boeing se desfaz de sua unidade de navegação de voo por US$ 10,6 bilhões para focar em suas operações principais. O acordo com a Thoma Bravo deve ajudar a fabricante a reduzir sua dívida e estabilizar suas finanças.
A Boeing concordou em vender sua unidade de navegação de voo e ativos relacionados para a Thoma Bravo por US$ 10,6 bilhões. Este é o primeiro grande acordo sob o comando do CEO Kelly Ortberg, visando fortalecer as finanças da fabricante de aviões.
O acordo inclui a Jeppesen, além das subsidiárias ForeFlight, AerData e OzRunways. A Boeing continuará a captar dados essenciais para serviços de manutenção sob a nova propriedade.
A Jeppesen, lucrativa e com uma base de clientes diversificada, foi adquirida pela Boeing em 2000 por US$ 1,5 bilhão e faz parte da estratégia da companhia para reduzir uma dívida de US$ 58 bilhões.
Após o anúncio, as ações da Boeing subiram até 2,3% em Nova York. Este movimento é a maior ação de Ortberg para priorizar as operações principais da Boeing, focando em jatos e aviões militares.
Ortberg, que assumiu o cargo no ano passado, busca podar os negócios da empresa em vez de realizar cortes drásticos. A venda foi avaliada acima do esperado devido ao valor dos ativos. O ForeFlight é um aplicativo muito usado por pilotos amadores, enquanto o OzRunways informa os aviadores sobre avisos da Administração Federal de Aviação.
No ano anterior, a Boeing levantou US$ 21,1 bilhões com a venda de ações, uma das maiores do setor, para evitar um potencial rebaixamento de crédito. A venda agora oferece segurança para a liquidez da Boeing até o final de 2025.
Analistas afirmam que os negócios envolvidos no acordo não são essenciais, já que a Boeing retém dados específicos da frota. Ortberg busca estabilizar os processos de fabricação da empresa após um recente acidente quase catastrófico.
Na divulgação dos lucros desta semana, investidores estarão atentos às possíveis consequências de tarifas que podem impactar a Boeing como exportadora.
A Thoma Bravo superou outros interessados, incluindo a Advent, Blackstone, e Honeywell.