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Bolívia realiza eleições presidenciais sem Evo Morales e com pior crise econômica do século

Eleições presidenciais na Bolívia enfrentam incertezas sem Evo Morales nas cédulas. Crise econômica e alta taxa de indecisão podem impactar o resultado eleitoral.

A Bolívia realizará eleições presidenciais no dia 17, sem o ex-presidente Evo Morales nas cédulas pela primeira vez em duas décadas e enfrentando os piores índices econômicos em 30 anos.

As pesquisas mostram favoritismo da direita e alta taxa de indecisão. O candidato líder é Samuel Doria Medina (Aliança pela Unidade) com 21,5% das intenções de voto, seguido por Jorge “Tuto” Quiroga (Liberdade e Democracia, 19,6%) e Manfred Reyes (Autonomia para a Bolívia - Súmate, 8,3%).

Andrónico Rodríguez, próximo da esquerda, aparece com 6,1%. Ele rompeu com o partido de Morales. O candidato do Movimento ao Socialismo, Eduardo del Castillo, está em penúltimo lugar com 2,1%.

Economia: Devido à queda na produção de gás e petróleo desde 2014, a Bolívia enfrenta escassez de combustível e aumento de déficit fiscal. A inflação é projetada em 15,1%, o pior índice desde 2008. A crise econômica é apontada como o principal fator nas eleições.

Candidatos concordam que reformas são necessárias para conter a inflação e o déficit. O cenário atual favorece a oposição, que tem chance de vitória desde 2005. Se as pesquisas se confirmarem, o segundo turno pode ser disputado por dois candidatos de direita.

Entretanto, 10 a 15% do eleitorado é indeciso ou voto nulo, o que pode causar surpresas no resultado. A ausência de Morales tem gerado protestos, e sua influência persiste na política boliviana. Aguardar se o eleitorado de esquerda irá se manifestar ou optar por um candidato da direita é crucial.

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