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Bolivianos vão às urnas no dia 17 após uma campanha sob a sombra de Evo Morales

A Bolívia se prepara para eleições decisivas em 17 de agosto, com a pressão política entre Luis Arce e Evo Morales em alta. A insatisfação da população com a atual gestão pode resultar em um aumento significativo de votos nulos e brancos.

Presidente Luis Arce afirma que dificuldades na Bolívia, como escassez de combustíveis e pressão sobre divisas, são temporárias e parte de uma transformação estrutural.

A Bolívia se prepara para eleições em 17 de agosto, marcando 200 anos de independência. O ex-presidente Evo Morales continua influente, apesar de sua saída do poder em 2019 e proibição de se candidatar.

Morales, que governou por três mandatos, viu sua imagem abalada por tentativas de ampliar seu tempo no cargo. Nos últimos tempos, ele pediu que os bolivianos votassem nulo para protestar contra Arce, seu ex-aliado.

A fissão política entre Arce e Morales tem desgastado o governo atual, particularmente após um levante militar em 2024. Além disso, Evo enfrenta um mandato de prisão por abuso de menor.

O partido de Arce, o Movimento ao Socialismo (MAS), indicou Eduardo del Castillo como candidato, enquanto o popular Andrónico Rodriguez, também cocaleiro, tenta se distanciar de Morales.

Pela oposição, Samuel Medina (Aliança Unidade) e Jorge "Tuto" Quiroga (Aliança Liberdade e Democracia) prometem restaurar a confiança econômica e acabar com um ciclo prolongado de derrotas eleitorais.

  • Medina: bilionário, defende redução de subsídios e relações com os EUA.
  • Quiroga: ex-vice de Banzer, propõe privatizações e cortes de impostos.

A partir do dia 13, a campanha encerra e as pesquisas mostram que votos nulos e brancos superam os candidatos da oposição. Uma nova onda de frustração e violência é uma preocupação crescente.

Mais de 7,9 milhões de eleitores escolherão também 130 deputados e 36 senadores. Para vencer no primeiro turno, um candidato deve ter mais de 50% dos votos ou 40% e uma diferença de 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado. Em caso contrário, o segundo turno será em 19 de outubro.

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