Bolivianos vão às urnas para eleições presidencial e legislativa
Eleições de 2025 na Bolívia podem redefinir cenário político após quase duas décadas de domínio da esquerda. Com uma crise econômica agravando a insatisfação popular, os candidatos de centro-direita alcançam lideranças nas pesquisas de intenção de voto.
Bolivianos vão às urnas neste domingo (17.ago.2025) para as eleições presidencial e legislativa.
Pesquisas indicam que o pleito deve marcar o fim do domínio da esquerda e permitir uma virada política inédita desde 2006, devido à crise econômica e à baixa popularidade do atual presidente Luis Arce.
Cerca de 7,9 milhões de eleitores estão habilitados para votar, incluindo 370 mil no exterior. Com a população estimate em 11,3 milhões, a >corrida presidencial requer mais de 50% dos votos ou 40%% com uma diferença de 10 pontos percentuais do segundo colocado para evitar um 2º turno em 19 de outubro.
Nenhum candidato atualmente alcançou mais de 25% nas pesquisas, com os líderes Samuel Doria Medina e Jorge “Tuto” Quiroga oscilando entre 20% e 25%% nas intenções de voto.
Propostas de campanha:
- Medina: “plano de choque” para estabilizar a economia em 100 dias.
- Quiroga: políticas de segurança e ordem, baseadas em sua experiência anterior.
No campo partidário, o MAS (Movimento ao Socialismo) está fragmentado, com Arce desistindo da reeleição e Evo Morales barrado de concorrer. Sua campanha simbólica por votos nulos é uma resposta à crise.
O ex-ministro Eduardo del Castillo é lembrado, mas ficou em 7º lugar nas pesquisas, com menos de 2%. Andrónico Rodríguez, do MAS, aparece em 5º lugar com menos de 9%.
Este pleito é a 1ª eleição desde 2006 onde a direita tem chances reais de conquistar tanto a Presidência quanto a maioria no Congresso. A eleição inclui a renovação de 130 cadeiras na Câmara e 36 no Senado.
Diferentemente de outros países da América do Sul, a Bolívia utiliza urneiras de papel e contagem manual dos votos.