Bolsas da Europa fecham em forte queda após tarifas de Trump; Paris despenca 3,3%
Bolsas europeias enfrentam quedas acentuadas devido ao anúncio de tarifas por Trump, afetando principalmente empresas ligadas ao comércio global. A Comissão Europeia promete contramedidas, enquanto a incerteza econômica pressiona a política monetária do BCE.
Bolsas europeias fecharam em forte queda na quinta-feira, 3, após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas acima do esperado.
A tarifa para a União Europeia será de 20% e, para o Reino Unido, 10%. A ata do Banco Central Europeu (BCE) trouxe preocupações sobre inflação e estagflação devido a essas tarifas.
Os principais índices europeus tiveram quedas significativas:
- FTSE 100 de Londres: -1,55% (8.474,74 pontos)
- DAX de Frankfurt: -3,08% (21.700,36 pontos)
- CAC 40 de Paris: -3,31% (7.598,98 pontos)
- Ibex 35 em Madri: -1,08% (13.192,07 pontos)
- PSI 20 em Lisboa: +0,13% (6.967,03 pontos)
- FTSE MIB de Milão: -3,60% (37.070,83 pontos)
Empresas com alta exposição ao comércio global foram as mais impactadas:
- Adidas: -11,7%
- Maersk: -9,5%
O índice Stoxx Autos caiu 3,3% devido às novas tarifas de 25% sobre veículos importados pelos EUA, afetando montadoras como:
- Stellantis: -8%
- Mercedes: -4,1%
- Volkswagen: -4,4%
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comentou que a UE está criando contramedidas contra os aumentos tarifários dos EUA.
O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, destacou a necessidade de uma política econômica "extremamente prudente" diante das incertezas.
Além disso, o governo espanhol anunciou um pacote de ajuda de 14,1 bilhões de euros para enfrentar os impactos internos das tarifas. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, prometeu uma resposta calma e o presidente francês classificou as tarifas como "brutais".
Diante da crise tarifária, dados econômicos europeus como os PMIs de serviços ficaram em segundo plano. Os da Alemanha e da zona do euro superaram as expectativas, enquanto o do Reino Unido ficou abaixo do esperado.