Bolsas da Europa recuam com altas expressivas de juros e desafios fiscais
Desafios fiscais levam a queda dos índices acionários europeus, com juros de longo prazo alcançando máximas históricas. Investidores seguem preocupados com a situação na França e no Reino Unido, refletindo um cenário econômico conturbado.
Desafios fiscais na Europa dominam os noticiários financeiros desta terça-feira (2), especialmente na França e no Reino Unido.
Isso resultou em um avanço histórico nos juros de várias economias do continente, com os principais índices acionários europeus encerrando a sessão em queda:
- Stoxx 600: -1,47%, aos 543,35 pontos
- DAX (Frankfurt): -2,29%, aos 23.487,33 pontos
- CAC 40 (Paris): -0,70%, aos 7.654,25 pontos
- FTSE 100 (Londres): -0,87%, aos 9.116,69 pontos
Os investidores estão preocupados com um cenário fiscal complexo e os juros longos, refletindo incertezas que vão do Japão à Europa.
Na França, o voto de confiança do primeiro-ministro François Bayrou pressiona os títulos soberanos. O título de 30 anos da França atingiu sua máxima desde 2009, em 4,500%.
No mercado alemão, o Bund de 30 anos está com a maior taxa desde 2011, em 3,404%.
O Reino Unido enfrenta alta inflação, gastos governamentais altos e divisões no Banco da Inglaterra. O Gilt de 30 anos subiu para 5,709%, maior nível desde 1998.
Segundo Mohamed El-Erian, presidente do Queen’s College, “os rendimentos dos títulos públicos de longo prazo estão subindo, especialmente no Reino Unido, com uma moeda mais fraca e uma perspectiva fiscal e de crescimento já difícil”.