Bolsas de Nova York têm maior queda desde março de 2020 com tarifaço de Trump
Mercados reagem ao anúncio inesperado de tarifas que afetarão gravemente as empresas de tecnologia e consumo. As quedas acentuadas das ações refletem preocupações com a economia e o impacto nas cadeias de suprimento.
Bolsas de Nova York fecharam em forte queda nesta quinta-feira, 3, devido ao novo tarifaço do presidente Donald Trump. As tarifas incluem uma taxa mínima de 10% sobre quase todas as importações, além de alíquotas recíprocas para parceiros comerciais.
Os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq enfrentaram sua maior queda desde março de 2020:
- Dow Jones: -3,98%, fechando a 40.545,93 pontos
- S&P 500: -4,84%, a 5.396,52 pontos
- Nasdaq: -5,97%, a 16.550,61 pontos
O analista Dan Ives chamou o pacote tarifário de “pior que o pior cenário” e anticipou forte pressão nas ações de tecnologia, afetadas pela destruição da demanda e cadeias de suprimentos, especialmente com relação à China e Taiwan.
A Apple, que fabrica 90% de seus produtos na China, poderá ver aumentos nos preços de iPhones e Apple Watches, impactando seus lucros. As ações da Apple caíram 9,3%.
A fabricante de tênis Nike caiu 14,5%, tendo 50% de sua produção de calçados no Vietnã. Outras quedas incluem:
- Dell Technologies: -19%
- HP Inc: -14,7%
- Meta Platforms: -9%
- Alphabet: -4%
As ações dos bancos também despencaram. O Bank of America teve queda de 11%, o JPMorgan Chase -7%, e o Wells Fargo -9,1%.
Em contraste, a Intel fechou em alta de 2% após anúncio de acordo preliminar com a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. para uma joint venture de chips.