Bolsas de NY caem com déficit comercial maior nos EUA e demora em acordos
Bolsas de Nova York enfrentam queda com incertezas comerciais e balança negativa dos EUA. Expectativa em torno da decisão do Federal Reserve também pressiona os mercados nesta semana.
Quedas nas bolsas de Nova York marcam esta terça-feira (06), impulsionadas pela demora dos EUA em firmar acordos comerciais e pela ausência de negociações com a China sobre tarifas, conforme declarado por Donald Trump.
O déficit de US$ 140,5 bilhões na balança comercial dos EUA em março, superior à estimativa de US$ 137,6 bilhões, contribuiu para o desempenho negativo dos índices.
Às 10h40 (horário de Brasília):
- Dow Jones: -0,68%, a 40.937,28 pontos;
- S&P 500: -0,75%, a 5.608,09 pontos;
- Nasdaq: -0,95%, a 17.674,33 pontos.
Os setores mais afetados foram tecnologia (-0,89%) e saúde (-1,03%).
A temporada de balanços continua a influenciar os mercados:
- Ações da Ford: +2,24%, após resultados acima do esperado;
- Tesla: -1,13%, devido à queda nas vendas na Europa;
- Palantir Technologies: -11,4%, balanço decepcionante.
O clima de aversão ao risco persiste às vésperas da decisão do Federal Reserve sobre política monetária. Cooper Howard, do Charles Schwab, acredita que o Fed deve manter os juros inalterados e aguardar maiores clarezas sobre o impacto das tarifas na economia.
Em uma agenda esvaziada, com leilão de T-notes de 10 anos às 14h, a impaciência dos mercados aumenta ante a demora por acordos comerciais.
Trump afirmou que os EUA poderiam fechar acordos com alguns países esta semana, mas não planeja conversar com a China, o que não trouxe otimismo para as bolsas.