Bolsas de NY desabam até 10% no trimestre, o pior desde 2022
Bolsas americanas registram queda no trimestre, mas se recuperam no final do pregão com sinais de melhora na atividade econômica. Presidente Trump sinaliza tarifas mais altas, aumentando incertezas e temores de recessão.
Índices de ações das bolsas de Nova York caíam nesta segunda-feira (31) devido à expectativa de que Donald Trump anunciará tarifas mais altas aos parceiros comerciais na quarta-feira (2).
No entanto, no final da sessão, os índices se recuperaram, exceto o Nasdaq, que continuou a cair. As bolsas enfrentaram quedas de até 10% no trimestre, refletindo preocupações sobre a economia e as políticas do segundo mandato de Trump.
Os resultados ao final do dia foram:
- S&P 500: +0,56%, 5.612 pontos
- Dow Jones: +1%, 42.000 pontos
- Nasdaq: -0,14%, 17.299 pontos
No trimestre, as quedas foram acentuadas: S&P 500 -4,59%, Nasdaq -10,42%, Dow Jones -1,28%.
Diego Chumah do fundo ASA Hedge, menciona que o mercado começou o ano com otimismo, impulsionado pela IA, mas os modelos chineses de IA, como o DeepSeek, abalaram as perspectivas das empresas de tecnologia dos EUA.
A posse de Trump trouxe incertezas sobre políticas tarifárias e cortes de gastos públicos, afetando a confiança do mercado e as previsões de crescimento.
O Goldman Sachs elevou sua expectativa de tarifas para 15%, indicando uma probabilidade de recessão de 35% nos próximos 12 meses, um aumento de 15 pontos percentuais.
Trump afirmou não se importar com o aumento dos preços de veículos importados, dizendo que os consumidores comprarão carros americanos.
As ações de montadoras reagiram negativamente, com:
- Stellantis: -0,97%
- Toyota: -1,38%
- GM: +0,72%
- Ford: +3,18%
- Tesla: -1,66%
Uma notícia positiva sobre o setor industrial de Chicago, com índice subindo de 45,5 para 47,6 pontos, ajudou a sustentar o desempenho dos índices no último dia do trimestre, embora permaneça abaixo de 50, indicando contração.