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Bolsonaro confirma que discutiu Estado de Sítio com militares: “nada anormal”

Bolsonaro reafirma discussões sobre Estado de Sítio após eleições de 2022, negando intenção de golpe. Ele critica decisões do STF e justifica suas ações como precauções diante de um suposto viés do TSE.

Ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou, em entrevista ao UOL, que discutiu com os comandantes das Forças Armadas a possibilidade de um Estado de Sítio após as eleições de 2022, mas negou tentativa de golpe de Estado.

Bolsonaro justificou a discussão como uma “medida prevista na Constituição” e comparou à situação da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Ele expressou preocupação com a “ascendência” do ministro Alexandre de Moraes sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que, segundo ele, ameaçava a lisura das eleições.

Na entrevista, o ex-presidente criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e Moraes, que acusou de perseguição. Bolsonaro afirmou que o Ministério Público deve provar sua culpabilidade e questionou a decisão de suspender parcialmente a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem.

“Estou sendo acusado de um crime continuado desde a live sobre urnas eletrônicas até os atos de 8 de Janeiro”, declarou. Ele argumentou que as conversas com os militares sobre o Estado de Sítio foram precauções legítimas e afirmou que nunca ordenou sua implementação.

Bolsonaro também negou envolvimento nos atos de vandalismo de 8 de Janeiro, acusando a esquerda de infiltração nos protestos. Ele minimizou a “minuta golpista” encontrada com o ex-ministro Anderson Torres, considerando-a sem valor jurídico.

O ex-presidente alertou que sua carreira política estará encerrada se for condenado, mas não pretende desistir. Ele pediu apoio dos governadores para discutir uma “alternativa de direita” para 2026.

Atualmente, Bolsonaro enfrenta investigações sobre tentativa de golpe, organização criminosa e atos antidemocráticos, e já foi condenado a oito anos de inelegibilidade pelo TSE.

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