Bolsonaro diz que conversou com ministros do STF sobre sanções e pediu para Eduardo poupar Gilmar
Conversas reveladas pela PF indicam que Jair e Eduardo Bolsonaro tentaram coagir ministros do STF para minimizar sanções dos EUA. Ambos foram indiciados por coação e violação do Estado Democrático de Direito em meio à investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Conversas de WhatsApp entre Jair Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, revelam interações com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre sanções dos EUA contra o Judiciário. As mensagens estão no relatório final da Polícia Federal (PF), que indiciou ambos por coação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Na investigação, Eduardo enviou arquivos a Jair, que pediu para não compartilhar, mencionando conversas com ministros do STF preocupados com sanções. Em julho, oito ministros tiveram vistos revogados e sanções financeiras foram aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes.
O pastor Silas Malafaia também está envolvido, sendo alvo de busca e apreensão. Ele criticou Jair por defender Tarcísio Freitas, afirmando que errou ao bater no filho que dialoga com autoridades americanas.
A PF aponta que Eduardo Bolsonaro tenta coagir autoridades brasileiras enquanto seu pai é réu por golpe de Estado. O ex-presidente transferiu R$ 2 milhões ao filho para financiar sua atuação nos EUA, visando sanções aos ministros do STF.
A PF conclui que os investigados não buscam anistia apenas, mas pretendem garantir impunidade a Jair Bolsonaro. Após o indiciamento, Eduardo declarou que sua atuação é legal sob a Primeira Emenda da Constituição dos EUA.