Bolsonaro diz que Eduardo foi para os EUA combater nazifascismo que avança no Brasil; veja vídeo
Durante evento judaico, ex-presidente Jair Bolsonaro defende decisão de Eduardo Bolsonaro em ficar nos EUA para combater o que classifica de "nazifascismo" no Brasil. A declaração ocorre no contexto de críticas a autoridades brasileiras e busca por pressão internacional contra o governo atual.
BRASÍLIA – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em evento judaico, que seu filho Eduardo Bolsonaro decidiu ficar nos EUA, licenciado do mandato de deputado federal, para “combater o nazifascismo que avança sobre o nosso País”.
A declaração foi feita no dia 18 de outubro, após Eduardo anunciar seu desligamento temporário do Congresso, onde está há 20 dias, para pressionar o governo de Donald Trump.
O evento ocorreu durante a cerimônia de abertura de uma exposição sobre o holocausto no Espaço Senador Ivandro Cunha Lima, contando com a presença de autoridades, ativistas e representantes de entidades judaicas. Bolsonaro, emocionado, disse:
“(Ele) se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo...”
O ex-presidente fez referências a seu eleitorado evangélico e destacou o “exemplo de Israel” em seu discurso. Ele mandou um abraço ao premiê israelense e lembrou da saudação de Trump a Eduardo em uma conferência de extrema direita.
O evento foi organizado por Damares Alves (Republicanos-DF) e Marcelo Álvaro Antônio (PL-MG). Estiveram presentes a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o filho Flávio e parlamentares da oposição.
Eduardo bolsonaro comparou o Brasil à Alemanha nazista e afirmou que pediria licença para buscar “sanções aos violadores dos direitos humanos”. Ele criticou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e chamou a Polícia Federal de “Gestapo”.
Eduardo também declarou que atuar nos EUA envolve advogar “a favor de eleições limpas e justas”, apesar das investigações sem evidências de fraude no sistema eleitoral brasileiro.
O mandato será assumido pelo missionário José Olímpio (PL-SP), suplente do partido, após 120 dias de vacância.