Bolsonaro diz que não será contemplado no PL da Anistia, mas reforça ser candidato em 2026

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que seria beneficiado por projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro, mas confirmou sua candidatura à Presidência em 2026.

Bolsonaro se tornou réu nesta quarta-feira (26) após a aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República pelo Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de organização criminosa e tentativa de golpe de Estado.

Ele afirmou: “Você quer falar se não vai ser o Jair, quem vai ser? Vai ser o Messias. Você quer terceiro nome? É o Bolsonaro.” Porém, não detalhou como reverterá a condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O TSE o condenou em junho de 2023 por abuso de poder político e econômico, além de uso indevido dos meios de comunicação ao reunir embaixadores e desacreditar, sem provas, o processo eleitoral.

Parlamentares do Partido Liberal (PL) planejam uma obstrução progressiva para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar a anistia.

Bolsonaro destacou que tem o compromisso de dirigentes partidários para aprovar a anistia e comentou que assistiu ao julgamento no gabinete de seu filho, Flávio Bolsonaro.

Ele mencionou a licença do deputado Eduardo Bolsonaro e negou que o filho esteja fugindo da Justiça, afirmando que se trata de “perseguição”.

Bolsonaro expressou interesse em discutir a decisão do ministro Luiz Fux sobre outro caso relacionado, mas não pedirá audiência com o ministro Alexandre de Moraes.

O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, elogiou o voto de Fux, considerando-o “absolutamente correto”.

Ao final de sua fala, um trompetista militante do PT interrompeu com a marcha fúnebre; Bolsonaro voltou a responder aos jornalistas ironizando que a música o lembrava do “tempo de quartel”.