Bolsonaro diz que STF muda entendimentos com “objetivo político”
Bolsonaro critica julgamento por parte da 1ª Turma do STF e pede que caso seja analisado pelo plenário da Corte. O ex-presidente alega perseguição política e questiona a imparcialidade das decisões do Supremo.
Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em 25 de março de 2025, que o STF muda seus entendimentos com “objetivo político” contra ele.
O ex-presidente declarou que não deveria ser julgado pela 1ª Turma da Corte, que analisa sua acusação de tentativa de golpe de Estado em 2022, e sim pelo plenário do Supremo.
A 1ª Turma, composta por 5 ministros, iniciou o julgamento para decidir se Bolsonaro se tornará réu.
Em postagem no X (ex-Twitter), Bolsonaro acusou o STF de manobras e “casuísmo” nas decisões. Ele citou uma denúncia da PGR em que foram reconhecidos atos dele enquanto presidente.
Bolsonaro criticou a decisão do STF, de 11 de março, que ampliou o foro privilegiado para autoridades. Ele questionou se a mesma decisão teria sido tomada se o réu fosse outro ex-presidente, como Lula.
O STF declarou que não comentará as falas do ex-presidente.
No dia seguinte, 26 de março, o Tribunal analisará o mérito da denúncia e decidirá se os integrantes do núcleo do suposto plano de golpe, incluindo Bolsonaro e seu ex-vice, Braga Netto (PL), se tornarão réus.
Duas sessões foram reservadas para o caso. Na parte da manhã, foram ouvidos os argumentos das defesas. À tarde, todos os pedidos preliminares foram rejeitados por unanimidade, exceto o pedido para que o julgamento fosse feito no plenário, onde Luiz Fux votou favoravelmente.
A PGR declarou que os acusados são o núcleo responsável por ações influentes da suposta organização criminosa que planejou o golpe, com penas que podem somar até 43 anos de prisão.