Bolsonaro é ex-presidente que mais custa aos cofres públicos
Levantamento revela que Jair Bolsonaro gerou um custo significativo ao erário após sua presidência, superando outros ex-mandatários. O estudo mostra que os gastos totais com assessores e despesas relacionadas aos ex-presidentes alcançaram R$ 35,5 milhões entre 2021 e 2025.
Jair Bolsonaro é o ex-presidente que mais custou à Presidência da República nos últimos quatro anos, com um gasto médio anual de R$ 1,7 milhão após deixar o cargo.
Em segundo lugar, estão Dilma Rousseff e Fernando Collor. Um levantamento da Coluna do Estadão analisou dados da Presidência de 2021 a junho de 2025, totalizando R$ 35,5 milhões para os sete ex-presidentes vivos, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva.
Por lei, cada ex-presidente tem direito a:
- Seis assessores;
- Dois motoristas;
- Dois carros custeados pelo Palácio do Planalto.
Esses benefícios visam garantir “segurança e apoio pessoal” ao ex-chefe de Estado, com a Presidência arcando com salários, diárias, passagens, reembolsos e despesas de manutenção dos automóveis.
Desde 2023, Bolsonaro acumulou:
- R$ 1,8 milhão em salários;
- R$ 1,1 milhão em passagens nacionais;
- R$ 649 mil em diárias no exterior.
Ele passou três meses nos EUA após deixar a presidência, sem passar a faixa para Lula em 1º de janeiro de 2023. Entre 2021 e 2025, os gastos totais foram de R$ 35,5 milhões, com média anual de R$ 7,9 milhões.
O maior gasto ocorreu em 2024, totalizando R$ 9,4 milhões, enquanto 2023 teve despesas de R$ 8,8 milhões. Até o momento em 2025, o custo foi de R$ 3,6 milhões, com ritmo reduzido.
A Coluna do Estadão fez contato com a assessoria de Bolsonaro, que permanece com espaço aberto para manifestação.