Bolsonaro e mais sete. Quem será julgado pelo STF nesta terça-feira e quais são as acusações da PGR

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, nesta terça-feira (25), a análise da denúncia contra Jair Bolsonaro, Braga Netto e outros seis integrantes do “núcleo crucial” de uma suposta organização criminosa.

A denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), envolve cinco crimes e alega que o grupo buscou impedir o resultado das eleições de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito.

Principais ações do grupo incluem:

• Discursos de Bolsonaro criticando o sistema eleitoral a partir de julho de 2021.
• Reunião ministerial em julho de 2022 para desacreditar as urnas e espalhar notícias falsas.
• Encontro com embaixadores em julho de 2022, discutindo fraudes eleitorais.
• Mobilização ilegal pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) para obstruir a participação de eleitores.

Após as eleições, o grupo continuou a afirmar a existência de fraude, mobilizando a militância para um possível golpe militar. A denúncia também menciona minutas de quebra da ordem constitucional e um plano, “Punhal Verde Amarelo”, que planejava assassinatos políticos.

O general Augusto Heleno e outros membros, como Mauro Cid, contribuíram para a articulação da organização. Cid confessou ter entregue uma “minuta de golpe” a Bolsonaro. Outros detalhes notáveis incluem:

• Paulo Sérgio Nogueira: convocou reunião com comandantes das Forças Armadas sobre o plano golpista.
• Almir Garnier: único chefe das Forças Armadas a apoiar o golpe, chamado de “atitude de um verdadeiro patriota”.

Os advogados dos denunciados não apresentaram muitos comentários sobre a denúncia, que é considerada “fantasiosa” por algumas defesas.