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Bolsonaro era o 'principal destinatário' das ações clandestinas da Abin, diz PF

Relatório da PF indica que ações clandestinas da Abin estavam vinculadas a interesses políticos de Jair Bolsonaro. Investigação revela a instrumentalização do órgão para atacar adversários e proteger familiares do ex-presidente.

Polícia Federal (PF) aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era “o principal destinatário” das ações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), durante a gestão do deputado Alexandre Ramagem.

A informação foi divulgada no relatório final da investigação conhecida como Abin paralela, cujo sigilo foi retirado em 18 de outubro por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF afirma que as evidências indicam a participação do ex-presidente em ações delituosas na Abin. Um total de 36 pessoas foram indiciadas, mas Bolsonaro não está nesta lista por já responder ao crime de integrar organização criminosa em outra ação penal.

De acordo com a PF, ações clandestinas foram implementadas para favorecer Bolsonaro, com ataques a adversários e ao sistema eleitoral. A Abin também atuou para proteger filhos do ex-presidente, como Flávio e Renan Bolsonaro.

O grupo utilizou imagens de drones e câmeras para fins político-partidários, como na defesa do voto impresso.

Um exemplo é uma live realizada por Bolsonaro em agosto de 2021, na qual divulgou informações de um inquérito da PF. A obtenção do relatório foi iniciada pela Abin, sob a alegação de uso em comissão do Congresso.

Além disso, Bolsonaro usou a estrutura da Abin para obter dados sobre o “caso Adélio”, referente ao autor da facada que sofreu em 2018, e o “caso Marielle”, sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol).

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