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Bolsonaro era 'principal destinatário' das ações da Abin Paralela, diz PF

Relatório da Polícia Federal revela que Jair Bolsonaro era o principal beneficiário de ações clandestinas da Abin. A investigação aponta interferências e espionagem durante sua gestão, com documentos endereçados ao ex-presidente.

Relatório da PF revela relação de Jair Bolsonaro com espionagem da Abin

A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente Jair Bolsonaro era o principal destinatário das ações clandestinas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), dirigidas pelo Alexandre Ramagem.

A investigação começou após a revelação do GLOBO sobre a compra de um sistema espião pela Abin em março de 2023. O relatório menciona documentos encontrados com Ramagem, contendo mensagens dirigidas a Bolsonaro, como "Bom dia Presidente".

Segundo a PF, essas evidências confirmam a participação de Bolsonaro em ações ilícitas durante sua gestão. Embora Ramagem tenha negado ter enviado documentos, a PF encontrou registros indicativos de que essas informações chegaram a Bolsonaro e a outros investigados.

Um dos documentos, com críticas ao sistema eleitoral, foi enviado através de um contato no WhatsApp identificado como JB 01 8, associado a Bolsonaro.

A investigação também sugere uma interferência de Bolsonaro na Receita Federal relacionada a um relatório de inteligência sobre seu filho, Flávio Bolsonaro. O ex-secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, afirmou que foi pressionado por Flávio e que a resistência dele em aceitar as mudanças resultou em interferência.

Bolsonaro não foi indiciado neste caso, pois já enfrenta acusação semelhante no STF pela trama golpista. O relatório conclui que a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidirá sobre a responsabilidade criminal de Bolsonaro em diferentes inquéritos.

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