Bolsonaro nega tentativa de criar 'poder paralelo'
Bolsonaro defende estratégia para eleger 50% da Câmara e Senado em 2026, garantindo que busca atuar dentro da legalidade. Ex-presidente critica imprensa por alegações de poder paralelo e pede apoio de lideranças da direita.
Ex-presidente Jair Bolsonaro utilizou as redes sociais nesta terça-feira (1) para pedir “responsabilidade” à imprensa sobre seu plano de eleger 50% da Câmara e do Senado em 2026.
Em manifestação no último domingo, Bolsonaro afirmou que com essa estratégia não seria necessário ser presidente para ter controle do Congresso. Atualmente, ele é inelegível até 2030 e é réu no STF, enfrentando risco de condenação.
No discurso, o ex-presidente mencionou a possibilidade de prisão e expressou apoio à anistia para condenados envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro reagiu a uma reportagem da Folha de S.Paulo, que sugeria a busca por um “poder paralelo” e reiterou que “não há, e nunca houve” qualquer estrutura fora dos marcos legais.
Ele destacou que seu objetivo é ampliar a representação da direita, considerando isso um esforço transparente e legítimo dentro da democracia.
Na manifestação, ele afirmou: “Se vocês me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o país”. Segundo ele, “quem assumir a liderança” das Casas vai ter mais poder que o presidente da República.
Bolsonaro enfatizou a importância de eleger presidentes nas duas Casas e de obter maioria no Legislativo, dizendo: “Nós seremos os responsáveis pelo destino do Brasil”. Essa declaração ocorreu em um momento de crise do governo Lula, que sofreu uma derrota significativa no Congresso.