Bolsonaro nega ter participado tentativa de golpe e pede absolvição
A defesa de Jair Bolsonaro contesta as acusações de articulação golpista, sustentando a falta de provas concretas e caracterizando os atos como preparatórios. Com a fase de instrução finalizada, o julgamento pelo STF está previsto para setembro.
Ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou suas alegações finais ao STF na quarta-feira, 13 de agosto de 2025, em relação à ação penal que investiga sua ligação com a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
A defesa de Bolsonaro argumenta que não há provas concretas que o associem a planos golpistas ou aos atos extremistas de 8 de janeiro. A acusação, segundo os advogados, se baseia nos relatos de Mauro Cid, um delator não confiável.
Além disso, a defesa afirma que os atos atribuídos ao ex-presidente são considerados preparatórios e, portanto, não passíveis de punição.
A entrega das alegações finais encerra a fase de instrução processual. O caso será julgado pela 1ª Turma do STF, possivelmente em setembro.
Os réus do núcleo central respondem por crimes como organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado democrático. A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu a condenação dos 8 réus, afirmando que Bolsonaro foi o principal articulador das ações.
Os demais réus incluem Mauro Cid, que firmou um acordo de delação premiada e pediu absolvição em suas alegações finais.
Próximos passos:
- Elaboração do relatório pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.
- Relatório organiza provas e recomenda absolvição ou condenação.
- Após o relatório, o processo será enviado para julgamento na 1ª Turma do STF.
No dia do julgamento, o relator apresenta o relatório e a PGR expõe suas considerações, seguida da manifestação das defesas. Cada defesa tem até uma hora para se pronunciar, e em seguida os ministros votam.