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Bolsonaro ‘pagou para ver se dava certo’ o golpe: Leia as anotações do assessor de Braga Netto

Coronel Flávio Peregrino revela em documentos que Jair Bolsonaro já planejava permanecer no poder pós-eleições. Anotações criticam a falta de lealdade do ex-presidente em relação aos militares envolvidos na trama golpista.

BRASÍLIA — O coronel Flávio Peregrino, assessor do general Walter Braga Netto, guardou mensagens e documentos sobre um plano golpista ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi divulgada pelo Estadão nesta segunda-feira, 11.

Um dos documentos afirma que Bolsonaro “sempre quis” permanecer no governo após a derrota nas eleições. Peregrino ainda criticou a lealdade do ex-presidente com os militares e sua alegação de desconhecimento sobre as ações golpistas.

Segundo o coronel, Bolsonaro “ou sabia ou desconfiava” e que ele “pagou para ver se dava certo” o golpe.

A defesa de Braga Netto não se manifestou, enquanto o advogado de Bolsonaro não respondeu. O advogado de Peregrino afirmou que as anotações foram feitas dentro do contexto de liberdade de expressão e assessoria.

O documento revela partes da estratégia de defesa de Bolsonaro, que tentava afastar responsabilidade pelos planos golpistas. A alta cúpula do governo alegou nunca ter ouvido falar do “Plano Punhal Verde Amarelo”.

Peregrino destacou que muitos envolvidos estavam buscando soluções jurídicas para manter Bolsonaro no poder, devido à desconfiança nas urnas eletrônicas.

Ele criticou a omissão dos militares em não desmobilizar as manifestações e enfatizou que a negacão de Bolsonaro sobre seu envolvimento não tem agradado seus defensores.

Um áudio investigativo revela um coronel cobrando coragem moral de Bolsonaro para agir. A percepção é que o ex-presidente deveria ter tomado medidas mais decisivas em relação às manifestações.

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