'Bomba atômica': as reações à mudança histórica trazida pelas tarifas de Trump
Mudança drástica nas tarifas comerciais dos EUA poderá impactar economias ao redor do mundo, levando muitos países à recessão. Críticos apontam que a medida pode aumentar a inflação e elevar os preços para os consumidores americanos.
Pacote de tarifas recíprocas anunciado por Donald Trump em 2 de outubro marca uma mudança histórica no comércio global.
Os EUA implantaram tarifas em quase todos os países, sendo que China enfrenta taxas de 54%. Mais de 160 países, incluindo o Brasil, terão tarifas de pelo menos 10%.
Ken Roggoff, ex-chefe do FMI, afirmou que isso é como "jogar uma bomba nuclear no sistema de comércio global". Um diplomata europeu disse que os EUA estão fazendo um brexit do mundo.
Olu Sonola, da Fitch, previu que muitos países podem entrar em recessão devido a essa mudança.
Reações nos EUA:
- A Associação Nacional de Restaurantes expressou preocupações sobre o aumento dos preços.
- A Associação Nacional de Varejistas também criticou, mencionando que mais tarifas trazem ansiedade.
- Ex-vice-presidente Mike Pence classificou como o maior aumento de tarifas em tempos de paz, prevendo um custo de US$ 3.500 por ano para famílias.
- Instituto Americano de Aço e Ferro celebrou a medida, dizendo que ela gerará empregos.
- A consultoria Exiger estimou US$ 600 bilhões em impostos para os EUA.
Mudança histórica:
Esta ação reverte décadas de política de livre comércio dos EUA, que desde os anos 1940 defendia a redução de tarifas para integrar a economia global.
Com isso, muitos produtos, como carros e celulares, passaram a ser fabricados com peças de diversas partes do mundo.
Essa mudança busca atrair indústrias de volta aos EUA. Trump acredita que isso levará o país a uma nova era de prosperidade, mas economistas alertam sobre riscos de inflação e recessão.