Bombardeio contra navio com ajuda humanitária a Gaza provoca incêndio, diz ONG
Navio com ativistas humanitários é atacado por drones israelenses em águas internacionais, causando incêndio e danos críticos. A Flotilha da Liberdade solicita responsabiliade por violações do direito internacional após o incidente.
Navio com ajuda humanitária para Gaza, transportando 30 ativistas, foi bombardeado por drones israelenses em águas internacionais, próximo a Malta, na madrugada de sexta-feira (2).
O ativista brasileiro Thiago Ávila relatou o ataque em suas redes sociais, afirmando que a embarcação da Flotilha da Liberdade sofreu danos significativos, incluindo dois impactos na parte dianteira, resultando em incêndio e vazamento no casco.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel não se pronunciou imediatamente. O governo maltês confirmou o recebimento de um pedido de socorro e enviou um rebocador, mas a tripulação se recusou a embarcar.
A ativista sueca Greta Thunberg, que deveria embarcar no navio, disse que a embarcação ainda estava em perigo e que o ataque causou grandes danos, impossibilitando a continuidade da missão humanitária.
A Flotilha da Liberdade informou que haviam 30 pessoas a bordo, contestando a informação do governo maltês de que eram 16. Imagens de vídeo mostraram o incêndio e explosões.
A ONG exigiu ação contra as violações do direito internacional e destacou que o ataque danificou o gerador do navio, colocando-o em risco de naufrágio.
A ofensiva ocorreu enquanto o navio se preparava para o embarque de ativistas em mar aberto. A guerra em Gaza começou após os ataques do Hamas em outubro, resultando em milhares de mortes desde então. Israel bloqueou completamente a ajuda humanitária desde março de 2023, afetando 2,3 milhões de habitantes da região.
Em 2010, um incidente similar resultou na morte de nove ativistas turcos por militares israelenses, considerado ilegal pela ONU na época.