Bombardeio do Exército a mercado em área rebelde no Sudão mata centenas, diz ONG
Bombardeio indiscriminado no mercado de Tora expõe a gravidade da situação em Darfur. A guerra no Sudão intensifica a crise humanitária, deixando milhões à beira da fome e do deslocamento.
Centenas de civis morreram nesta terça-feira (25) em bombardeio no mercado de Tora, na região de Darfur, conforme reportado pela Emergency Lawyers.
A organização declarou que os aviões de combate do Exército sudanês realizaram um massacre com bombardeio indiscriminado, resultando em centenas de mortes e dezenas de feridos.
Por conta do corte de telecomunicações na região, a AFP não conseguiu verificar o número de vítimas de forma independente.
Desde abril de 2023, o Sudão enfrenta uma guerra entre os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, liderados pelo general Mohamed Hamdane Daglo, e o Exército regular do general Abdel Fattah al-Burhane.
A região de Darfur tem sido palco de atrocidades, incluindo:
- Bombardeios em áreas civis.
- Atos de violência em acampamentos de deslocados.
- Violência étnica generalizada.
As Forças de Apoio Rápido impuseram restrições à entrega de ajuda humanitária, enquanto tentam formar um governo paralelo no oeste do país, perdendo espaço na capital, Cartum.
Essa situação ameaça centenas de milhares com risco elevado de fome extrema, tendo, muitos, já sido deslocados por conflitos anteriores.
A guerra no Sudão é considerada pela ONU como a maior crise humanitária do mundo, afetando aproximadamente metade de sua população de 50 milhões com fome aguda.
Mais de 12,5 milhões de sudaneses foram deslocados e as restrições de financiamento à ajuda complicam ainda mais a situação, com diretrizes que limitam as operações humanitárias em territórios controlados pelas Forças de Apoio Rápido.