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Bombeiros me negaram ajuda, diz deputada indígena alvo de spray

Célia Xakriabá relata impedir ajuda após ser atingida por spray de pimenta enquanto participava de ato pacífico. Deputada denuncia a omissão do Corpo de Bombeiros e a desconfiança da Polícia Legislativa sobre sua identidade como parlamentar.

Deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) relatou que integrantes do Corpo de Bombeiros negaram ajuda após ela ser atingida por spray de pimenta em protesto no Congresso Nacional na 5ª feira (11.abr).

Durante a manifestação, Xakriabá contou que o spray foi lançado de forma intensa, dificultando sua respiração. “Criou-se um circo de spray de pimenta”, disse. Indígenas formaram uma roda ao seu redor para protegerem-na enquanto tentavam socorrê-la.

A deputada precisou contatar sua advogada para conseguir entrar no Congresso e afirmou que o Corpo de Bombeiros inicialmente negou ajuda, sendo apenas liberada após intervenção da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.

Segundo Xakriabá, a Polícia Legislativa duvidou de sua identidade como parlamentar e ela teve que aguardar autorização para entrar. Ela relatou ter dois dedos queimados e sintomas de vômito e insônia após o incidente.

A deputada criticou a ação da polícia, afirmando que o protesto era pacífico e não havia justificativa para a força policial. “Não fizemos baderna”, defendeu.

Xakriabá apresentou uma representação ao STF sobre a omissão de socorro e uso excessivo da força pela polícia durante o ato.

O incidente ocorreu durante a participação de um grupo de indígenas no Acampamento Terra Livre em Brasília, a maior mobilização dos povos originários do Brasil.

A Polícia Legislativa argumentou que a confusão começou quando os indígenas avançaram em direção às cercas de contenção. A Polícia Militar foi chamada para auxiliar na contenção dos manifestantes.

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