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Boom da energia nuclear leva novos investimentos até a Alemanha, que não tem usinas ativas

Urenco vê aumento significativo na demanda por urânio enriquecido, impulsionado pelo interesse renovado na energia nuclear. Com a mudança de percepção pública na Alemanha e preocupações com o fornecimento da Rússia, a empresa planeja expandir suas operações na Europa e EUA.

Urenco, o segundo maior fornecedor mundial de urânio enriquecido, está expandindo suas operações, incluindo na Alemanha, apesar do país ter desligado seus reatores nucleares.

O diretor financeiro, Ralf ter Haar, afirmou que o interesse pela energia atômica aumentou, impulsionado pela mudança de opinião pública na Alemanha.

A carteira de pedidos da Urenco cresceu 25% no último ano, atingindo 18,7 bilhões de euros (cerca de US$ 20,4 bilhões).

A Agência Internacional de Energia Atômica prevê que a geração de energia nuclear aumentará pelo menos 40% até meados do século.

A Urenco opera instalações de enriquecimento na Alemanha, Países Baixos, Reino Unido e EUA, utilizando centrífugas para separar isótopos de urânio-235.

A guerra da Rússia na Ucrânia revelou riscos de fornecimento, levando os geradores de energia nuclear ocidentais a buscar alternativas. Em novembro, a Rússia anunciou limitações temporárias às exportações de urânio para os EUA.

Isso favoreceu a Urenco na Europa Central e Oriental, enquanto nos EUA, um número crescente de concessionárias firmou contratos de longo prazo.

Haar revelou que possuem contratos válidos até a década de 2040, garantindo suprimentos de combustível.

A empresa adota uma postura cautelosa em relação aos pequenos reatores modulares, com 80 tecnologias competindo no mercado, mas a viabilidade ainda é incerta.

“Precisamos de clareza sobre quais designs irão prevalecer”, concluiu Haar.

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