Bossa nova versão chinesa: Na música, ritmos brasileiros fazem sucesso na China
A imagem do Brasil na China é marcada por estereótipos limitados, mas um novo movimento busca reconfigurar essa percepção. Iniciativas em literatura e cinema visam apresentar uma diversidade maior das culturas e histórias brasileiras.
Leôncio: o personagem que representa a imagem do Brasil nas manifestações artísticas na China, destacando-se como músico e artista, mas com uma percepção clichê na TV e cinema.
A novela Escrava Isaura foi a primeira telenovela estrangeira exibida na TV chinesa, com seu vilão, Leôncio, se tornando um nome comum no Brasil, segundo Bai Cheng, tradutor em Xangai.
João Gilberto e Tom Jobim têm forte reconhecimento na China, especialmente entre cantoras que adotam a bossa nova como estilo.
Música Brasileira: Escutada em restaurantes e transporte público, a bossa nova e o samba são os estilos mais identificáveis. Grupos como Quebra Cavaco e Golden Brazilians destacam-se em um mercado sem concorrência.
Samba na China: O grupo Templo do Samba, fundado por um percussionista americano, mostra a mistura de culturas. O samba rivaliza com os tradicionais grupos de tambores nas festas populares.
Literatura: Jorge Amado e Paulo Coelho são os autores brasileiros mais admirados na China, com Amado sendo o mais publicado. Coelho, apesar da quantidade menor de obras, é o mais vendido.
A literatura chinesa raramente inclui personagens brasileiros, geralmente retratados como festivos. Há um esforço recente para diversificar essa imagem, especialmente em livros infantis.
Reconfiguração: O governo chinês propôs um grupo de trabalho para quebrar os clichês sobre o Brasil. A atriz Daniela Tassy teve um papel significativo como a Comandante Emilia em "Terra à Deriva", um blockbuster de ficção científica.