Brasil ainda é refém do desmatamento, diz Izabella Teixeira
Ex-ministra critica a inadequação do Brasil em lidar com o desmatamento, apontando suas consequências geopolíticas. Teixeira destaca que o sucesso na COP30 depende do engajamento da sociedade e de um compromisso real com as soluções climáticas.
Ex-ministra Izabella Teixeira afirmou que o Brasil é refém do desmatamento, resultando em consequências geopolíticas.
Ela, que é copresidente do Painel de Recursos Naturais da ONU, disse que sediar a COP30 em Belém (PA) não é uma vitória. O Brasil deve mostrar protagonismo nas novas ambições climáticas.
"Sediar uma COP30 não é uma situação vencedora", destacou Teixeira, ressaltando a importância das novas ambições na COP.
A ex-ministra participou do evento “Intercâmbio na Amazônia”, que encerrou discussões sobre mudanças climáticas e políticas de desenvolvimento sustentável.
Teixeira alertou que o sucesso da presidência da COP depende do engajamento da sociedade nas soluções climáticas.
Ela mencionou que a desflorestação da Amazônia é um ponto crítico nas negociações entre o Mercosul e a União Europeia, onde os países europeus tentam vincular a agricultura brasileira ao desmatamento.
"O Brasil desperdicia soluções e perde tempo", afirmou Teixeira, enfatizando as implicações globais do desmatamento.
A organizadora do evento, Mônica Sodré, destacou a necessidade de que a política aponte para evidências científicas sobre o aquecimento global.
Jessica Seddon, da Yale, adicionou que a saída dos EUA do Acordo de Paris exige parcerias que incluam a sociedade civil e o setor privado.