Brasil aproveita 1/3 do seu potencial de pequenas hidrelétricas
Leilão para pequenas hidrelétricas será realizado em agosto, mas apenas 3 GW de potência estão inscritas, representando menos de um terço do potencial identificado. Goiás, Paraná e Santa Catarina são os estados com maior capacidade registrada, enquanto a construção de grandes usinas não é cogitada há mais de uma década.
Pouco mais de 3 GW em projetos de usinas hidrelétricas de pequeno porte (até 50 MW) estão inscritos no leilão que ocorrerá em 22 de agosto.
Esse volume representa menos de 1/3 do potencial já mapeado pela Aneel para pequenas usinas no Brasil.
Atualmente, cerca de 573 usinas do tipo PCH já possuem o DRS (Despachos de Registro de Adequabilidade do Sumário Executivo), que é a autorização da Aneel para implantação.
O DRS é obtido após a solicitação do interessado, que deve então buscar o licenciamento ambiental, que pode levar de 5 a 8 anos e é a etapa mais demorada.
Após o DRS, um projeto entra no sistema da Aneel; alguns aguardam desde 2015.
Goiás possui o maior potencial (1,5 GW), seguido por Paraná e Santa Catarina (1,3 GW cada). Santa Catarina é a que tem a maior potência inscrita no leilão A-5.
A região Sul e Sudeste concentram a maior parte das 427 PCHs em operação no país.
O Brasil tem a matriz elétrica mais renovável do mundo, mas não estuda novos projetos de grandes usinas há 12 anos. As pequenas centrais são vistas como uma alternativa viável.
Segundo Charles Lenzi, presidente da Abragel, o Brasil já domina a tecnologia para instalação de PCHs, que geram mais empregos que as fontes solares e eólicas.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, demonstra apoio a esses empreendimentos, destacando o leilão exclusivo. Porém, o setor considera que está eclipsado por outras fontes renováveis.