Brasil assume Mercosul com proposta de mais integração regional
Brasil assume presidência do Mercosul com foco em comércio, sustentabilidade e combate ao crime organizado. Durante a 66ª Cúpula do bloco, Lula destaca a importância da colaboração regional e a promoção de inovações tecnológicas para enfrentar desigualdades e desafios climáticos.
Brasil assume presidência do Mercosul no segundo semestre de 2023, com cinco prioridades:
- Amplicação comercial;
- Promoção da transição energética;
- Desenvolvimento tecnológico;
- Combate ao crime organizado;
- Enfrentamento das desigualdades sociais.
As pautas foram apresentadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 66ª Cúpula do Mercosul, em Buenos Aires, onde recebeu a coordenação do presidente argentino Javier Milei.
A presidência buscará fortalecer a Tarifa Externa Comum (TEC) e incorporar setores como automotivo e açucareiro ao comércio do bloco.
Lula afirmou que o Mercosul é um refúgio em um mundo instável e ressaltou a importância da TEC para blindar o bloco contra guerras comerciais.
As prioridades incluem:
- Finalização do acordo com a União Europeia;
- Acordos com a Associação Europeia de Livre Comércio;
- Negociações com Canadá e Emirados Árabes Unidos;
- Maior aproximação com o mercado asiático.
Um novo Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem) será lançado para fomentar o comércio e infraestrutura.
Lula enfatizou a agenda verde, enfrentando a mudança climática e promovendo a agricultura sustentável.
Sobre desenvolvimento tecnológico, pretende-se criar modelos de inteligência artificial para a América Latina e trazer centros de dados para a região.
No combate ao crime organizado, comprometeu-se a estudar proposta da Argentina para criar uma agência contra criminalidade transnacional.
A presidência também buscará promover os direitos dos cidadãos, com o funcionamento do Instituto Social do Mercosul e a retomada da Cúpula Social.
Lula destacou que inclusão social e diálogo são essenciais para o progresso duradouro.