Brasil busca emitir no mercado global pela 2ª vez no ano, com vencimento em 2030 e 2035
Brasil volta ao mercado de dívida com emissão de títulos em dólar, buscando diversificar investimentos e financiar déficit fiscal. O movimento ocorre em um contexto de recuperação de ativos de mercados emergentes frente à desvalorização do dólar.
Brasil emitiu títulos em dólar pela segunda vez em menos de seis meses, aproveitando a alta nos ativos de mercados emergentes.
O país vendeu títulos com vencimento em 2030 e reabriu notas com vencimento em 2035, com rendimento estimado de 6,125% e 7,125%, respectivamente, segundo fontes da Bloomberg News.
Os ativos brasileiros subiram devido a uma recuperação nos mercados emergentes, impulsionada pela desvalorização do dólar e expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve.
A maioria das moedas emergentes se valorizou em 2025; o real teve alta de cerca de 10% desde janeiro, após uma desvalorização de 21% no ano passado.
Eduardo Ordonez, da BI Asset Management, comentou que é um bom momento para o Brasil se apresentar ao mercado, dado a estabilização do mercado de renda fixa nos EUA e a necessidade de financiamento para o déficit fiscal.
No entanto, problemas fiscais ainda preocupam: a Moody’s rebaixou a perspectiva de crédito do Brasil de positiva para estável, citando expectativa de déficits fiscais maiores e pressão orçamentária com juros altos.
O Brasil havia vendido títulos em dólar pela última vez em fevereiro, levantando US$ 2,5 bilhões em novas notas. BNP Paribas, Citigroup e Santander estão liderando a nova venda, cujo preço será divulgado hoje.