Brasil chegará ‘capenga’ ao final de 2026, pressionado por inflação de serviços, diz Samuel Pessôa
Economista prevê que Brasil encerre 2024 com inflação de serviços alta, pressionando o setor privado. Samuel Pessôa destaca que medidas do governo para manter o consumo podem resultar em desafios para a economia.
Brasil ao final do governo: "um pouco capenga", com inflação de serviços pressionada. A afirmação é de Samuel Pessôa, chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/Ibre), durante o TAG Summit 2025 em São Paulo.
Pessôa destacou que a inflação total permanece incerta, devido a choques da guerra, mas surpresas positivas podem ocorrer até o final do ano.
A expectativa é que o Brasil encerre o próximo ano com altos custos de serviços, mantendo o setor privado pressionado. O governo deve sustentar o consumo por meio de:
- Medidas nas áreas sociais.
- Novos mecanismos para concessão de crédito.
Isso resultará em um custo de demanda de 0,5% até o fim deste ano e mais 0,5% no ano seguinte.
Além disso, o governo pretende utilizar R$ 15 bilhões do fundo soberano para o Minha Casa, Minha Vida, aumentando a pressão sobre a economia.
Pessôa alertou que a inflação pressionada levará o Banco Central a manter juros altos, prejudicando o balanço das empresas e gerando receio de uma regressão econômica.
O economista lamentou que o ciclo de juros altos já deveria ter terminado e destacou exemplos de governos no passado que resultaram em inflação e desorganização macroeconômica.