Brasil contesta investigação dos EUA e reforça defesa do Pix, agro e combate ao desmatamento

Governo brasileiro enviou resposta ao USTR, solicitando reconsideração da investigação sobre práticas comerciais desleais após o tarifação de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump. A investigação contém tópicos como acesso ao etanol, desmatamento e pirataria.

No documento, o Brasil argumenta que não há base para sanções e propõe um diálogo construtivo, afirmando que ações unilaterais podem prejudicar as relações bilaterais e o sistema multilateral de comércio.

A carta destaca que o Brasil não reconhece a legitimidade de ações fora da Organização Mundial do Comércio (OMC) e refuta as críticas do USTR.

Manifestações registradas: cerca de 80, de associações e empresas como CNI e Embraer, pedindo participação na audiência do dia 3 de setembro.

Processo pode durar até um ano e envolve defesa do Brasil sobre questões como o Pix, propriedade intelectual e combate ao desmatamento. A CNI defende o progresso do Brasil e compara o Pix com o sistema americano FedNow, destacando sua importância para inclusão financeira.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) afirma a competitividade do Brasil no setor agrícola e espera que a investigação confirme isso. A Embraer salienta que a imposição de restrições seria contrária aos interesses dos EUA.

O X (de Elon Musk) destaca preocupações sobre previsibilidade regulatória no Brasil. A expectativa é que as negociações sejam retomadas em dezembro.

Pontos da defesa brasileira incluem:

• Defesa do Pix: Aumento da eficiência e inclusão financeira.
• Decisões do STF: Não são discriminatórias para empresas americanas.
• Propriedade intelectual: Políticas alinhadas com compromissos internacionais.
• Tarifas e acordos comerciais: 73,7% das exportações dos EUA têm tarifa zero.
• Desmatamento: Ações contra o desmatamento ilegal e produtos derivados.