Brasil defende uma mulher na secretaria geral da ONU, diz embaixadora
Brasil busca candidatura feminina à Secretaria Geral da ONU, destacando a importância da liderança feminina. Em meio a negociações complexas com países da Celac, embaixadora alerta para possíveis obstáculos.
A embaixadora Gisela Padovan anunciou nesta 5ª feira (3.abr.2025) que o Brasil trabalhará pela candidatura de uma mulher à Secretaria Geral da ONU.
Ela destacou: “Não é obrigatório que seja uma mulher, se houver um candidato excepcional, não temos nada contra. Temos candidatas de peso político, intelectual e de liderança.” Atualmente, o cargo é ocupado pelo português António Guterres, que nunca teve uma mulher à sua frente.
O Brasil deseja incluir um parágrafo sobre a candidatura na cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que ocorrerá em Honduras nos dias 8 e 9 de abril. Gisela observou que países do grupo podem dificultar a candidatura feminina devido a suas visões sobre gênero.
“Sabemos que há países com uma visão distinta de questões de gênero, então antecipamos dificuldades. Mas teremos que negociar com 33 países”, disse.
A Celac é composta por países como:
- Antígua e Barbuda
- Argentina
- Bahamas
- Barbados
- Belize
- Bolívia
- Brasil
- Chile
- Colômbia
- Costa Rica
Honduras, que sediará a cúpula, apresenta a 5ª maior taxa de feminicídios do mundo, com 6,47 óbitos para cada 100.000 habitantes, segundo a ONU Mulheres.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve chegar em Honduras na noite de 3ª feira (8.abr) e retornar ao Brasil na 4ª feira (9.abr).
Texto produzido pelo estagiário de jornalismo Davi Alencar sob supervisão da editora-assistente Rafaela Rosa.