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Brasil deve responder a tarifas de Trump com investimento estratégico, diz economista chinesa

Keyu Jin propõe que o Brasil evite a retaliação comercial e foque em investimentos estratégicos para modernizar sua economia. Ela acredita que o país deve aproveitar suas vantagens comparativas em setores como energia verde e tecnologia agrícola para se destacar no comércio global.

Investimento estratégico é a recomendação da economista Keyu Jin, em resposta ao tarifaço dos EUA. Ao invés de retaliação, o Brasil deve focar em setores como energia verde, agricultura de ponta e infraestrutura digital.

Jin, autora do livro "A Nova China", defende que o Brasil concentre esforços na modernização da base industrial e no fortalecimento de cadeias locais, buscando gerar mais empregos e aumentar o valor agregado das exportações.

Ela destaca que as tarifas de Trump são mais abrangentes e desafiadoras, afetando setores estratégicos e não apenas afetando varejistas. A guerra comercial não trouxe os resultados esperados para os EUA, e as tarifas não resolverão desequilíbrios comerciais.

Keyu enfatiza a importância de construir alianças globais e locais, citando os BRICS como um exemplo de resiliência frente às pressões comerciais. Ela afirma que a verdadeira força está em parcerias, e não em retaliações.

Ao discutir a crescimento da China, ela aponta que a ascensão chinesa modificou a dinâmica do comércio global e que o real desafio do país é interno, visando a prosperidade sustentável de seu povo.

Keyu observa a diferença estrutural entre Brasil e China: enquanto o Brasil centraliza ações, a China opera de forma descentralizada, permitindo crescimento e inovação em diversos níveis. Ela também fala sobre a taxa de natalidade e os desafios sociais resultantes de políticas de controle populacional.

"O investimento em educação e capital humano pode impulsionar o crescimento em um contexto de baixa fertilidade", conclui.

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