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Brasil e China têm futuro conjunto em economia complementar, dizem especialistas no 'Summit Valor Brazil-China'

A crescente parceria comercial entre Brasil e China promete novas oportunidades, especialmente nas áreas de agronegócio e energia. Especialistas destacam que a guerra tarifária dos EUA pode impulsionar ainda mais os negócios bilaterais.

China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2024, as exportações para a China chegaram a US$ 94,37 bilhões e as importações a US$ 63,6 bilhões, resultando em um superávit de US$ 30,7 bilhões.

O “Summit Valor Brazil-China”, realizado em 23 de abril em Xangai, destacou oportunidades de negócios devido à guerra tarifária dos EUA, que elevou as tarifas chinesas em 245%.

  • O evento teve a participação de cerca de 200 convidados e abordou temas como agronegócio, energia e indústria automotiva.
  • Frederic Kachar, CEO da Editora Globo, ressaltou que o Brasil se tornou um celeiro do mundo, liderando exportações em produtos como soja e carne.
  • O professor Fu Wenge notou que a guerra tarifária deve intensificar o comércio agrícola entre Brasil e China.

O Brasil é um fornecedor essencial de alimentos para a China, especialmente em soja, carne bovina, café e açúcar. A soja representou 33% das vendas brasileiras à China em 2024.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vê novas oportunidades para parcerias, criticando a “tempestade tarifária” no comércio global.

  • Ele destacou a experiência brasileira em biocombustíveis e o potencial dos minerais críticos.
  • Liu Dehua, da Universidade Tsinghua, afirmou que Brasil e China são cruciais no combate às mudanças climáticas.

O volume de investimentos chineses no Brasil tem crescido, totalizando US$ 45,3 bilhões em 2023. Ex-embaixador Marcos Caramuru afirmou que o momento é o melhor das relações bilaterais.

  • Hua Zhong, da Comissão Nacional de Desenvolvimento da China, apontou um “momento de ouro” nas relações.
  • Painelistas mencionaram interesses comuns em óleo e gás e transição energética.

Novas rotas logísticas estão facilitando o comércio, como a nova conexão marítima reduzindo em 30 dias o tempo de transporte.

  • A Cofco investe US$ 285 milhões no Porto de Santos, aumentando a capacidade de carga.
  • A Xangai Molybdenum Company busca expandir investimentos na indústria mineral brasileira.

Conclusão: O Summit destacou as oportunidades de colaboração entre Brasil e China, especialmente em áreas de energia renovável e agricultura, prevendo um futuro promissor nas relações comerciais.

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